

Na busca pelo sucesso e realização pessoal, muitos profissionais esquecem que o ativo mais valioso que temos é a saúde. Já ouvi diversos relatos de executivos que se sentiam esgotados mentalmente e fisicamente após muitas noites sem dormir, alimentação pobre em nutrientes (fast food) e sedentarismo. Neste artigo listei 5 hábitos errados que prejudicam o seu desempenho no trabalho.
Quando não olhamos para a nossa saúde como deveríamos, podemos não perceber o quanto erros cotidianos podem prejudicar a disposição, produtividade e carreira a longo prazo.
Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA) estimou que 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout, caracterizada por três dimensões:
- Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia;
- Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho e sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho;
- Redução da eficácia profissional.
Poucos profissionais reconhecem a importância de cuidar da saúde física e mental para conquistar uma carreira de sucesso. Foi pensando nisso que Ricardo Dalbosco, mentor de marca pessoal e eu, nutricionista de executivos no Brasil e exterior, escrevemos este artigo.
Se você preocupa-se em atender as necessidades do seu negócio, lembre-se que o corpo é um instrumento de trabalho.
1. Não programar os horários da rotina e trabalho
Você sabia que durante o dia nosso corpo oscila os níveis de energia?
Quando não planejamos nossas atividades com antecedência, tendemos a ultrapassar as horas de trabalho, perder horas de sono e fazer refeições de baixa qualidade nutricional. Todos esses hábitos podem desregular o ciclo circadiano(relógio biológico), regulado especialmente pela luz natural (raios solares).
O ciclo circadiano regulado mantém o nosso corpo funcionando em harmonia, enquanto o desequilíbrio dele pode prejudicar o controle dos seguintes fenômenos:
- Pressão arterial;
- Produção de hormônios para regulação do ciclo sono/vigília;
- Secreção de neurotransmissores;
- Capacidade cognitiva;
- Metabolismo de ácidos biliares;
- Temperatura corporal;
- Destoxificação de substâncias.
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O hábito de dormir, acordar, comer e praticar exercícios físicos em horários muito distintos pode oscilar a liberação de hormônios responsáveis pela regulação do nosso relógio biológico, por isso, busque estabelecer horários na sua rotina, principalmente para garantir boas noites de descanso.
A privação de sono reduz a liberação do hormônio leptina, responsável pela saciedade, reduzindo a fome. Isto também ocorre quando fazemos uma dieta muito restrita ou ficamos em jejum por longos períodos.
A exposição a telas luminosas 2 horas antes do horário de dormir pode suprimir a liberação do hormônio do sono (melatonina) e alterar o ciclo circadiano ideal conforme resultados do estudo publicado pela Elsevier. Ao reduzir os níveis de melatonina, aumentam as chances de ter insônia durante a noite e estresse no dia seguinte. Lembre-se de deixar os dispositivos eletrônicos de lado ao anoitecer.
2. Não praticar nenhum exercício físico
Você sabia que o Brasil está na posição de quinto país mais sedentário do mundo e lidera o ranking entre os países da América Latina?
Para fugir desta realidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda realizar ao menos 150 minutos semanais de exercícios físicos. Lembre-se que apenas 20 a 30 minutos diários de exercícios podem prevenir uma série de doenças segundo a Revista Brasileira de Medicina do Esporte:
- Ansiedade e depressão;
- Câncer de cólon, mama, próstata e pulmão;
- Osteoporose e Osteoartrose;
- Diabetes Mellitus tipo II;
- Obesidade;
- Doença Cardiovascular Periférica;
- AVC;
- Hipertensão Arterial Sistêmica;
- Doença Aterosclerótica Coronariana.
O hábito de ficar muitas horas do dia sentado na mesma posição pode favorecer o desenvolvimento de doenças osteomusculares, mentais e cardiovasculares associadas a postura e a ergonomia, além do estresse ocupacional.
Os chamados “profissionais mecanizados” que habitualmente negligenciam a prática de atividades físicas estão sujeitos a prolongados períodos de afastamento do trabalho por complicações de saúde de origem fisiológica ou muscular.
“O sedentarismo vem crescendo de forma alarmante no mundo inteiro, deixando de ser uma preocupação meramente estética para se transformar num problema grave de saúde pública e numa epidemia global” (OMS, 2005).
3. Consumir alimentos pobres em nutrientes
O ministério da Saúde divulgou em 2019 que a taxa de obesidade no Brasil aumentou 67,8% entre 2006 e 2018. Certamente a obesidade pode surgir por diversos fatores, porém, a típica dieta ocidental (rica em carboidratos refinados e gorduras) exerce influência direta no excesso de peso corporal
Uma alimentação equilibrada fornece substrato energético suficiente para o cérebro exercer bom desempenho cognitivo e para o corpo ter bom desempenho físico. A nutrição adequada também contribui com a regulação do ciclo circadiano, conceito denominado de “crononutrição”.
A baixa ingestão de fibras e o alto consumo de carboidratos simples (massas, biscoitos, salgadinhos, doces) estão associadas a um sono menos restaurador, além de prejudicar o controle dos níveis de energia no sangue, o que também prejudica o humor e produtividade no trabalho.
Se você faz muitas viagens, planeje algumas refeições saudáveis e versáteis para levar na pasta de trabalho e não cair nas tentações de comer apenas produtos refinados na viagem, como:
- Mix de castanhas;
- Barras de proteínas;
- Frutas desidratadas;
- Chocolate amargo.
Atenção a ingestão de água também. A desidratação pode aumentar a fadiga, prejudicar o sono e disposição além de predispor a cefaleia (dor de cabeça). A quantidade ideal varia para cada pessoa, mas uma recomendação geral é beber 35 ml para cada Kg de peso corporal.
4. Não controlar a ansiedade e estresse no trabalho
A revista Exame divulgou uma pesquisa realizada pela consultoria Accountemps, que apontou a busca por conciliar demandas pessoais e profissionais a principal razão do estresse no ambiente de trabalho para 41% dos CFOs participantes da pesquisa.
É essencial buscar alternativas para não enlouquecer com as demandas de trabalho. Fora do expediente, busque estratégias que promovam relaxamento. Talvez não seja má ideia tirar “mini férias” durante o ano para tornar a rotina mais leve.
A nutrição adequada também auxilia no controle da ansiedade e estresse. Confira no vídeo abaixo dicas que compartilhei junto ao Dr. Victor Aguiar, hipnoterapeuta e parapsicólogo.
5. Procrastinar decisões importantes para a saúde e desempenho
Talvez você já identificou que a sua rotina precisa desacelerar um pouco, mas insiste em priorizar o trabalho acima da saúde mental e física. Neste artigo eu trouxe esta reflexão e alerta importante: como você está cuidando de você?
Como podemos esperar o nosso melhor desempenho se não fornecemos combustível adequado (alimentação saudável), não treinamos nosso corpo (rotina ativa de exercícios) e permitimos o cansaço tomar conta da nossa rotina?
Permita-se viver a sua melhor versão. Entre em contato comigo para saber como.